E penso eu cada vez mais: como isto poderia ter dado
merda, a sorte foi já ter conhecido uma moça de Lisboa, por sinal muito simpática que me informou que teríamos de mudar na segunda estação em Sevilha e
que tinha de pedir novamente o bilhete na Estação de chegada, não é que o burro
do motorista tinha ficado com os bilhetes todos e nem avisado o pessoal que tínhamos de sair.
...Portanto, são 4:35 AM, estou em Sevilha, numa estação muito estranha, e já tive a oportunidade de conhecer três portuguesas e um japonês que esta a percorrer o mundo sozinho!
E começo então a ouvir as primeiras historia e vivências que
poucos tem a coragem de tomar:
Comecei a conversar com o japonês que também vai para
Marrocos por curiosidade, e pela minha insaciável necessidade de meter conversa
as 06:30 da manha sabendo que ainda falta 1H para apanhar o próximo autocarro. No meio de uma troca de palavras, os clichés habituais, como o nome, para onde vai, de onde é, chego ao tema de
conversa que me abala completamente, conta-me ele que esteve a servir de voluntário no desastre de fukochima, foram 4 meses, acredito eu, de imagens que
nenhum de nos alguma vez imaginara! Pouco posso perguntar depois de saber
isto, mas acho necessário perguntar o porquê de ele estar a percorrer o
percurso de S.Tiago, qual as razoes que lhe levaram a decidir ter a coragem
para tal... Pa ele lutou 4 meses pelo seu pais, e nos passamos todos os dias a
queixar-mos-nos do nosso!!
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